quarta-feira, 24 de março de 2010

ISRAEL EM USA


O primeiro ministro israelense, Benyamin Netanyahu, esteve reunido dia 23/3 por 90 minutos com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Alegando temer “perguntas constrangedoras”, a administração americana resolveu reunir a portas fechadas, sem a presença da mídia, a pretexto de “não aumentar a tensão”.

Terminada a reunião, funcionários da Casa Branca, disseram à mídia que os EUA e Israel “concordaram em discordar”. Obama pediu que o premiê israelense simplesmente deixe de anunciar novas construções, em uma estratégia que foi chamada de “não pergunte, não fale” por autoridades, em referência à política de gays nas Forças Armadas dos EUA.

Israel anunciou que construirá 1.600 casas em Jerusalém Oriental, empurrando os palestinos para fora de qualquer tipo de negociação de paz. Segundo a mídia, a declaração teria causado irritação no governo americano, mas as mostras de “eterna paixão” feitas pelos representantes americanos, como a secretária de Estado Hillary Clinton e mais a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, de que a aliança com Israel era “tão sólida como uma rocha”, desnudaram o drama de teatro construído ao redor do “desentendimento” entre os dois governos.

Na Cisjordânia, os palestinos responderam com irritação a mais nova desfaçatez dos ocupantes israelenses. O ministro da Autoridade Nacional Palestina para assuntos de Jerusalém, Hatem Abed El-Qadem, afirmou que ao anunciar novas construções durante a visita em Washington, Netanyahu aplicou “foi um tapa na cara de Obama, dentro da casa dele. Netanyahu se sente protegido pela sede lobby sionista da Aipac, que são os donos dos Estados Unidos”, assinalou.

O governo norte americano demonstrou que é impotente diante do governo israelense. Não tem nenhum interesse nas negociações de paz entre israelenses e palestinos. Tudo isso por uma razão incontestável, os grande investimentos que Israel tem nos EUA e a constante vultosa compra de armamentos, único produto que os EUA só fabricam. Para os Estados Unidos, a paz existe só nos discursos.

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