terça-feira, 16 de março de 2010

BRASIL EM ISRAEL


Em discurso no Knesset, parlamento israelense, Lula defendeu a criação do Estado palestino “independente, soberano, coeso e economicamente viável. Só assim o povo palestino poderá conviver em paz e segurança com Israel. Temos urgência em ver israelenses e palestinos vivendo em harmonia. Recusamos o mito de que estão fadados ao conflito, de que seus filhos estão condenados para sempre à irracionalidade da guerra”
Mais tarde, durante um jantar em Jerusalém com o presidente do país, Shimon Peres, Lula voltou ao tema, destacando que “o Brasil e a comunidade internacional não podem se conformar em viver sob a ameaça constante da instabilidade em região tão importante para o mundo”.
O Ministério de Relações Exteriores de Israel quis incluir na agenda do presidente Lula uma visita ao túmulo de Thedodor Herzl, considerado o pai do sionismo. A comitiva brasileira informou que Lula vai visitar o museu do Holocausto e o túmulo de Yitzhak Rabin (primeiro-ministro israelense que iniciou um processo de paz com os palestinos e foi assassinado em 1995 por um extremista sionista), mas que não tem intenção de visitar a tumba de thedodor Herzl.
A atitude do presidente Lula não agradou os israelenses e chegou a ser classificada de “insulto” por Michael Jankelowstz, porta-voz da agência Judaica, instituição sionista. Todavia, a visita pretendida pelas autoridades israelenses (ao túmulo de Herzl) não é praxe de viagens oficiais e também não foi realizada pelo presidente francês, Sarkozy nem pelo primeiro-ministro italiano, Berlusconi, dois últimos chefes de Estado a visitar o país.
O gesto do presidente Lula tem um significado político muito claro de distanciamento crítico em relação ao sionismo. Afinal, trata-se de uma ideologia reacionária, com um conteúdo racista, que descreve os judeus como um povo superior, eleito por Deus, e na prática prega o extermínio dos palestinos. O povo israelense aprendeu direitinho com Hitler. Parabéns ao nosso presidente pela postura que teve como chefe de estado, nunca antes no mundo, um líder manda um recado tão explícito sobre quem são os verdadeiros patrocinadores da guerra. E a nossa imprensa, rasteira como sempre, mais uma vez mostrou de que lado está.
O sionismo é racismo! É uma doutrina preconceituosa! Isso foi reconhecido pela ONU, resolução 1904 (XVIII), de 20 de novembro de 1963. É inadmissível que meia dúzia de sionista poderia nos levar a terceira guerra mundial se Israel viesse a bombardear Teerã. Quem é contra a posição do presidente Lula nesse momento, ou desconhece a história, ou é sionista também, não importando a nacionalidade, pois estará apoiando o Michael Jankelowstz, porta-voz da agência Judaica, instituição sionista, que considerou um “insulto” o presidente brasileiro não visitar a tumba de Herzl. Este sobrenome faz-nos lembrar a saudação nazista: “Sieg Heil!, Heil Hitler!, Heil mein Führer!” Que imediatamente nos induz a pensar no sofrimento inominável imposto por Israel às centenas de milhares de palestinos da Faixa de Gaza, nos dias de hoje.

Um comentário:

  1. Excelente, disse tudo que os principais meios de comunicação no Brasil recusaram-se sobre a negativa do presidente Lula em visitar a tumba de Herlz. Digno de ser publicado como artigo na opinião nas principais revistas do nosso país. Parabéns!

    Eduardo Zanatta de Carvalho

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